PACIENTES DENUNCIAM QUE MÁQUINA DE RAIO-X ESTÁ QUEBRADA HÁ QUASE TRÊS MESES NO HOSPITAL DE GUAMARÉ

O descaso com a saúde pública de Guamaré acaba de ganhar mais um capítulo. Pacientes que precisam de um simples, e ao mesmo tempo essencial exame de Raio-X estão há quase três meses sem atendimento, porque o único aparelho do Hospital Municipal está quebrado e, segundo funcionários, não existe qualquer previsão de conserto.

Enquanto isso, quem chega com dores no tórax, suspeita de fratura, problemas abdominais, traumas cranianos ou necessidade de exames de urgência, escuta sempre a mesma resposta: “Não estamos realizando Raio-X, procure Macau”. A ironia? São 40 quilômetros de deslocamento para uma necessidade que deveria ser atendida na porta da cidade.

A SAÚDE QUE ERA REFERÊNCIA… VIROU LEMBRANÇA

Guamaré já estampou rankings como 1º lugar em saúde no Rio Grande do Norte e 4º lugar no Brasil. Hoje, porém, amarga a realidade de um município que não consegue manter em funcionamento sequer um equipamento básico, como um Raio-X hospitalar.

A promessa de excelência virou peça de propaganda, repetida à exaustão nos discursos do prefeito Hélio Willamy, mas que não encontra eco no atendimento real. Enquanto o gestor pinta uma saúde perfeita nas redes sociais, a população experimenta o oposto: espera, incerteza, improviso e negligência.

SERVIÇOS BÁSICOS DESMORONANDO

O que os pacientes enfrentam no dia a dia é um retrato ainda mais preocupante:

  • técnicos e enfermeiros com salários atrasados;
  • farmácias da rede municipal faltando medicamentos básicos;
  • atendimentos que deveriam ser imediatos agora dependem de “boa vontade” ou deslocamento para outro município; dentre outros.

A pergunta que ecoa pela cidade é óbvia:

Como um município como Guamaré, com arrecadação milionária, aceita que serviços essenciais simplesmente deixem de existir?

POPULAÇÃO À MERCÊ DA SORTE

A falta do Raio-X não é apenas um inconveniente: é uma ameaça direta à vida de pessoas, especialmente em casos de urgência e emergência.

A cena se repete: pacientes encaminhados para Macau e as vezes até para João Câmara, cerca de 80 quilômetros de distância. São famílias desesperadas, idosos e crianças submetidas a viagens desnecessárias e dolorosas.

Enquanto isso, o hospital local segue operando com lacunas graves, incapaz de cumprir seu papel mais básico.

NOTA DO BLOG

A gestão municipal insiste em vender uma saúde modelo. A realidade insiste em desmentir. O Raio-X quebrado há três meses é só mais uma prova de como o discurso oficial é mais robusto que a própria rede de saúde.

Se a propaganda fosse tão eficiente quanto o conserto do equipamento, talvez o problema já estivesse resolvido. Mas, em Guamaré, a prefeitura parece ter descoberto uma nova medicina: cura-se tudo com marketing.

Enquanto isso, quem precisa de exame continua esperando por atendimento, por respeito e por um governo que trate saúde como prioridade, e não como slogan.

Deixe um comentário

Subir ao Topo