

A clássica “Canção da América”, de Milton Nascimento, parece ter encontrado eco na noite desta quarta-feira (22), no Maracanã/RJ. A música que fala sobre amizade e reencontros serviu de trilha sonora perfeita para um episódio que movimentou as redes sociais e os bastidores políticos do Rio Grande do Norte: o encontro público entre o empresário Mário Sérgio, do Grupo MB Limpeza, e o também empresário e ex-prefeito de Macau, Flávio Veras.
Os dois foram flagrados no jogo entre Flamengo e Racing, pela Libertadores, e a coincidência chamou atenção. Ambos embarcaram no mesmo voo Natal–Rio, assistiram à partida no mesmo estádio, bem próximos um do outro, e torcendo pelo mesmo time, o Flamengo.
A presença dos dois macauenses de peso no cenário empresarial e político potiguar rapidamente virou assunto nas redes sociais, grupos de WhatsApp e blogs da região. Afinal, amizade à parte, Mário e Flávio são conhecidos por estarem em lados opostos da política local.
Mas, como diz a canção de Milton:
“Amigo é coisa para se guardar / Debaixo de sete chaves, dentro do coração…”
Coincidência ou aproximação política?
O encontro foi, ao menos oficialmente, casual. Mas, em tempos de pré-articulações políticas, as coincidências acabam despertando curiosidade. Teria sido apenas um reencontro de amigos, ou o início de uma possível reaproximação política em Macau?
Alguns observadores locais já levantam hipóteses:
- Estariam Mário e Flávio costurando uma aliança para as eleições municipais de 2028, ou até mesmo pensando nas disputas estaduais de 2026?
- Teria o “papo de arquibancada” se transformado em um ensaio de noivado político?
Nada confirmado, é claro. Mas, como se diz no interior, “onde há fumaça, há fogo”, e o Maracanã, naquela noite, parece ter sido o cenário de um encontro que vai render muitos comentários.
Duas lideranças, um só jogo
Mesmo adversários em palanques, Mário e Flávio nunca esconderam o respeito mútuo. Flávio é conhecido por sua habilidade política, por saber “os caminhos das pedras” e por manter pontes com antigos rivais. Já Mário, com sua visão empreendedora e raciocínio rápido, é visto como alguém que sabe fazer contas não apenas no papel, mas também no campo da política.
Ambos têm influência e carisma junto ao povo macauense, e, juntos, poderiam formar uma aliança de peso.
O tempo dirá
Por enquanto, o que há é apenas o registro de um reencontro amistoso. Se o evento esportivo será lembrado como o início de um novo capítulo político em Macau, o tempo dirá.
O certo é que, como na música de Milton, “quem cantava chorou ao ver o seu amigo partir”. Mas, no caso de Mário e Flávio, talvez o reencontro tenha sido apenas o primeiro verso de uma nova canção política.
