HÉLIO SOFRE NOVA DERROTA NO TRE

A tarde de hoje marcou mais um capítulo na sequência de investidas judiciais movidas pelo grupo político liderado pelo prefeito Hélio Willamy, que novamente saiu derrotado no Tribunal Regional Eleitoral. O TRE, por unanimidade — 7 a 0 —, rejeitou o recurso da coligação do prefeito contra o vereador Diego de Lisete, mantendo intactos seu diploma e os direitos políticos do parlamentar.

No recurso, o grupo de Hélio alegava que Diego teria ultrapassado os limites de autofinanciamento de campanha e, por isso, deveria ter o diploma cassado e ser declarado inelegível por oito anos. Contudo, o argumento não convenceu o plenário do Tribunal, que reiterou exatamente o mesmo entendimento já consolidado quando julgou a prestação de contas do vereador, processo em que o partido do próprio prefeito também havia impugnado e sido derrotado.

Naquela ocasião, o TRE entendeu que não existiam irregularidades no financiamento da campanha de Diego. Agora, reafirmou esse entendimento de forma categórica, impondo mais um revés ao grupo governista.

Padrão de ações contra o Podemos

Em nota editorial, este blog destaca que o episódio se soma a uma série de iniciativas judiciais manejadas pelo grupo de Hélio Wiallamy ao longo do ciclo eleitoral, muitas delas direcionadas especialmente, e quase exclusivamente aos candidatos vinculados ao Podemos.

Embora o prefeito repetidas vezes tenha declarado em praça pública que “não perseguia ninguém”, a sucessão de ações eleitorais contra adversários específicos alimenta, segundo críticos e opositores, uma percepção crescente de contradição entre discurso e prática.

Para esses observadores, cada nova derrota judicial expõe um desgaste político e reforça a narrativa de que o suposto espírito de neutralidade e correção proclamado por Hélio não se sustenta diante dos fatos processuais.

Decisão unânime fortalece o vereador

Com o resultado de hoje, Diego de Lisete consolida mais uma vitória jurídica em sua trajetória recente. A decisão unânime do TRE não apenas afasta o risco imediato de cassação, mas também enfraquece a tese sustentada pela coligação governista, evidenciando que o Tribunal tem visto consistência nas defesas e fragilidade nas acusações.

O caso encerra mais uma tentativa do grupo do prefeito de reverter nas cortes o que as urnas e os processos anteriores já haviam definido.