EU OUVI O QUE EUDES DISSE, E CARLOS CÂMARA ESTAVA LÁ PARA CONFIRMAR

A imagem registrada não deixa dúvidas: além de captar um momento significativo, nossas lentes revelam também um diálogo que, ainda que breve, carrega simbolismo político.

Na fotografia, é possível notar a expressão serena do presidente da Câmara, vereador Eudes Miranda, ao se aproximar de Edinor Albuquerque. O olhar do parlamentar conhecido como “o homem do sapato branco”, embora transmita tranquilidade, não transmite confronto.

E o diálogo aconteceu. Eu ouvi.

De maneira discreta, Eudes perguntou a Edinor se haveria sessão na Câmara no dia seguinte. A resposta veio imediata: “Depende de você, presidente. Só não demitir 70 pais de família da câmara”

O vereador Carlos Câmara, que estava ao lado, testemunhou todo o diálogo.

O clima aparentemente amistoso entre os parlamentares chamou atenção, sobretudo após a última sessão legislativa, marcada pela ausência da oposição em protesto contra a demissão de 70 servidores do Legislativo, exonerações realizadas sem justificativa apresentada publicamente pelo próprio Presidente Eudes Miranda.

Para quem até pouco tempo evitava até trocar olhares, o simples diálogo já representa um grande avanço na relação entre situação e oposição.

Apesar disso, há quem comente que houve uma tentativa de abraço que se transformou no “cutucão” entre Eudes e o vereador Diego de Lisete, próximo às bandeiras longe de alguns olhares. O gesto levantou especulações: de que entre eles, o “cachimbo da paz” não seria fumado, mas o somente o tempo e os gestos dirão. Caso precise do fósforo para acender o cachimbo, eu empresto o meu.

NOTA DO BLOG

Guamaré precisa urgentemente de harmonia entre os poderes, de paz institucional e de muito trabalho, sem que isso signifique subserviência. O Legislativo tem o dever de fiscalizar e cobrar. O Executivo, por sua vez, não pode exigir que os vereadores atuem de forma submissa.

Apesar das dificuldades, especialmente pela falta de diálogo, humildade e preparo demonstrados pela atual gestão do Executivo, acreditamos que a esperança ainda não se perdeu. E é ela que, como sempre, insiste em ser a última a sucumbir.

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