OBRAS PARADAS, POPULAÇÃO FRUSTRADA: ENQUETE REVELA REPROVAÇÃO DA POPULAÇÃO COM OBRAS EM GUAMARÉ

Moradores citam obras inacabadas, altos custos e demolição de espaços públicos; levantamento faz parte de série que avaliará também vereadores e a gestão do prefeito Hélio Willamy.

A primeira parte da enquete promovida pelo portal, cuja divulgação havia sido anunciada anteriormente, finalmente veio a público. O levantamento, iniciado ainda neste ano, pretende avaliar diferentes aspectos da administração municipal de Guamaré. Nesta primeira etapa, a pergunta feita aos participantes foi direta:

“Entre 2021 e 2025, houve ações da Prefeitura voltadas à reforma de bens públicos ou privados em Guamaré?”

A resposta, contudo, veio acompanhada de fortes críticas. A percepção majoritária dos participantes é de que as obras realizadas no período foram marcadas por paliativos, paralisações e suspeitas de desperdício de recursos.

Promessas e frustrações

Segundo os relatos colhidos, o discurso de que o município se transformaria em um “canteiro de obras”, promessa orçada em R$ 52 milhões, não se concretizou. Diversos projetos ficaram pelo caminho.

Moradores citaram, por exemplo, os poços perfurados que teriam custado quase R$ 1 milhão, mas que não apresentaram resultados satisfatórios, além das caixas da Shopee, com investimento superior a R$ 2 milhões, que até hoje não funcionam plenamente, algumas, inclusive, nem chegaram a ter suas estruturas erguidas.

Cenário de abandono

Outro ponto recorrente nas críticas foi o destino de espaços públicos já existentes. O campo de futebol de Guamaré, um dos poucos locais de lazer da comunidade, está prestes a ser demolido para dar lugar à construção de uma nova escola.

“Não seria mais fácil reformar o campo e construir a escola em outro local?”, questiona um morador ouvido pela reportagem.

Para muitos, a medida simboliza o que definem como “destruição travestida de progresso” — um ciclo em que, em vez de preservar e aprimorar o que já existe, novas obras são iniciadas enquanto antigas promessas permanecem inacabadas.

Obras paralisadas e descrédito

O cemitério público, uma das obras que constavam nas metas da gestão, é outro exemplo lembrado pela população: paralisado e sem previsão de retomada.

O sentimento predominante é de descrédito com as ações estruturais do poder público municipal. “Quem mora e vive aqui sabe da realidade”, resumiu um participante da enquete.

Próximas etapas da divulgação

A série de publicações seguirá nos próximos dias.

Na segunda divulgação, o portal apresentará o resultado da pergunta:

“Qual o vereador mais atuante que tem representado o povo?”

E, por fim, na terceira etapa, será divulgada a avaliação popular sobre a gestão do prefeito Hélio Willamy.

NOTA DO BLOG

 Entre 2021 e 2025, Guamaré foi administrada por três prefeitos. Contudo, nenhum deles conseguiu entregar resultados significativos à população, no máximo, o mínimo, e em muitos casos, absolutamente nada. A única constante nesse período foi a repetida troca de cadeiras dentro do mesmo grupo familiar, revelando não apenas a falta de renovação política, mas também a incapacidade de um projeto já desgastado e sem fôlego.

Os números, ainda que frios, traduzem com precisão o sentimento da população diante da realidade vivida diariamente. Essa percepção encontra eco nos discursos políticos, que afirmavam que a cidade estaria nos eixos durante a gestão do prefeito Arthur. No entanto, o cenário não apenas permaneceu inalterado, como se agravou.

Durante o governo Arthur, apesar das dificuldades, ainda se viam obras, mesmo diante do pesado endividamento gerado pelo primeiro empréstimo do Finisa. Já na gestão de Hélio Willamy, instaurou-se um verdadeiro desastre: não se percebem obras, tampouco a aplicação transparente dos recursos. O que resta é a conta salgada que a administração municipal continua pagando.

Quando o governo é fraco, até a esperança perde forças.

Subir ao Topo